29 abril 2011

Rich Man

"How many times have you heard someone say if I had his money I could do things my way/ But little they know that's so hard to find one rich man in ten with a satisfied mind"


O trecho acima é da música "A Satisfied Mind", gravada por Johnny Cash, e faz parte da badalada trilha sonora do filme "Kill Bill", de Quentin Tarantino.


Quer dizer, em tradução livre: "Quantas vezes você ouviu alguém dizer: 'Se eu tivesse dinheiro, faria tudo de meu jeito'/ Mal sabem eles que é muito difícil encontrar um homem rico com uma mente satisfeita."



Jack Johnson cantou esse trechinho da música em entrevista à Folha para responder por que doará todo o lucro dos oito shows que fará no Brasil para ONGs que ensinam música, arte e surfe.


"Não preciso desse dinheiro; consigo manter minha família e minha banda com a venda de CDs".


O músico havaiano de 35 anos deu entrevista de sua casa no Havaí, semanas antes de embarcar para uma turnê por oito cidades brasileiras. O primeiro show acontece em São Paulo em 21 de maio, no Festival Natura Nós.


Ele vem acompanhado dos mesmos três músicos com quem toca desde seu primeiro disco, "Brushfire Fairytales", de 2001.


"Sou eu e os mesmos três caras desde que comecei, uns dez anos atrás, tocando em bares para 16 pessoas que não prestavam atenção", lembra Johnson, que teve seus dois últimos discos em primeiro lugar nas paradas norte-americana e inglesa.




Fonte: Folha de São Paulo

28 abril 2011

Buuu

Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.
– É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Esse caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior – tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria essa confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como se fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este
país. Viver no Brasil ficou insuportável.
– A nova classe média nos descaracterizou?
– Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...
– Buuu para o Lula, então?
– Buuu para o Lula!
– E buuu para o Fernando Henrique?
– Buuu para o... Como, “buuu para o Fernando Henrique”?!
– Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?
– Sim. Não. Quer dizer...
– Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.
– Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.
– Por quê?
– Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.
– Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?
–Acho, mas...
Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.
Luis Fernando Veríssimo - Gazeta do Povo, em 28/04/2011.

27 abril 2011

Impostos - Preço Justo

Para a moçada que compartilha da mesma ideia, de que o nosso país é um grande país que tem uma grande classe de gradessíssimos filhos das putas no poder, vale uma olhada no vídeo abaixo. Apesar da teatralidade exagerada, quem de nós não gostaria de fazer valer nosso grito e mandar à merda esses caras que colocam o nosso dinheiro no bolso?






Não obstante à ampla conscientização, por parte de parte dos nossos conterrâneos, da situação na qual a corja insiste em nos deixar, vale destacar:

-Quer um bom ensino? Pague!
-Quer segurança? Pague!
-Quer ser atendido por um médico quando precisar? Pague!
-Ganhou dinheiro? Pague! E se não avisar que ganhou, ou ainda não pagar pelo que ganhou, a Receita Federal tem funcionários muito competentes!
-Perdeu dinheiro ou não ganha dinheiro? Se fodeu! 'Cada cachorro que lamba a sua caceta'!

E neste país de alguns políticos ginecofóbicos, além de se tributar tudo, com alíquotas absurdas, o nosso benevolente quadro de representantes também tributa o que nós compramos lá fora. Ou seja, se você nasceu no país tropical, abençoado por Deus e bonito, etc, uma constatação: ou você é representante ou está fodido!

20 abril 2011

Ilusões verdadeiras

Separe oito minutos do seu dia para apreciar a obra de Rene Magritte.



O que é mais belo na vida, são as ilusões da vida.
Honoré de Balzac


15 abril 2011

Traição feminina

Pesquisas indicam que a infidelidade feminina quase dobrou em uma década e na geração até 30 anos, metade das mulheres assume que já foi infiel

Fim do expediente. Ela recolhe a papelada da mesa, desliga o computador e sai com a nécessaire a tiracolo em direção ao banheiro. Lá, do alto de seu 1,78 metro, ajeita a meiacalça antes de caminhar sem pressa para a frente do espelho. De olhos bem abertos, começa conferindo um tom mais vivo às bochechas alvas e termina escovando os cabelos castanho-claros até quase a cintura. Faltava apenas o batom, que ela sacou da bolsa e calmamente deslizou apenas no lábio inferior, que, por compressão, tingiu o superior. Do lado de fora da empresa, o rapaz que a aguarda dentro do carro vê a hora no relógio e examina o movimento ao redor antes de checar o penteado no retrovisor. Tudo pronto, ela dá o passo final com uma mensagem enviada pelo celular, enquanto desce as escadas: "Oi, amor, vou entrar em uma reunião aqui no trabalho e chegarei mais tarde em casa."

O que há de novo no comportamento feminino descrito acima? Não é a mulher protagonizar uma história de infidelidade. Clássicos da literatura, como Anna Karenina, de Tolstoi, e Madame Bovary, de Flaubert, provam que o comportamento é antigo. A novidade, segundo especialistas, é o fato de a traição praticada por elas estar cada vez mais freqüente - e não se revelar apenas no divã do terapeuta. Dados inéditos do estudo Mosaico Brasil 2008, coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) da USP, revelam que cada vez mais as brasileiras pulam a cerca.

Foram ouvidas 8.200 pessoas em dez capitais. Basta um olhar sobre três gerações para ficar claro que o padrão de infidelidade delas vem se modificando. Das entrevistadas acima de 70 anos, apenas 22% confessaram ter tido alguma relação extraconjugal. O índice sobe para 34,7% para as mulheres entre 41 e 50 anos e atinge o pico de 49,5% entre as de 18 a 30 anos. "A traição masculina ainda é maior, mas está estável. Já a praticada pela mulher tem crescido", afirma Carmita, autora de Descobrimento sexual do Brasil. Nos consultórios, a sensação é a mesma. Especialista em relacionamento amoroso, o psicólogo Aílton Amélio da Silva, da USP, vai ainda mais longe.

Para ele, a brasileira trai pouco. "As oportunidades aparecem diariamente e encontram-se pessoas bonitas o tempo inteiro", diz ele, autor do livro Para viver um grande amor. "Mas, se antigamente havia uma agulha no palheiro, hoje, com certeza, há três."
Não é à toa que o jardim do vizinho tem parecido mais interessante aos olhos do sexo feminino. O cenário atual é amplamente favorável e a liberação sexual atingiu um patamar único na história, com maridos apavorados queixando-se para o terapeuta que a esposa quer manter relações sexuais todo dia. "Eu não tinha mais sexo em casa. Meu marido não dava conta", diz a gerente de banco paulista Carla* (*nomes fictícios), de 27 anos, que foi casada por cinco anos. Ela trocou o marido pelo amante depois de passar dois anos mantendo um relacionamento extraconjugal. "Fiquei carente e com quem vou conversar? Com o cara que eu via todo dia: passei a me relacionar com o dono do restaurante onde eu almoçava", conta.

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Há uma reviravolta histórica a se considerar também. Se antes à mulher cabia o dever de se entregar a um único homem e passar o tempo cuidando dos filhos e do lar, hoje o quadro é outro. Houve uma queda significativa da taxa de natalidade, conquistada principalmente com a chegada dos anticoncepcionais, e a mulher, livre das amarras domésticas, optou por passar mais tempo nos escritórios e em viagens de trabalho ao lado de outros homens. Para uma mulher, estar em contato com o sexo oposto a maior parte do dia pode ser como riscar um fósforo ao lado de uma bomba de gasolina. É o que mostra uma pesquisa feita pela sexóloga americana Shere Hite.

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Entre os casais mais jovens, segundo um estudo da National Science Foundation, da Universidade de Chicago, a razão principal do aumento da infidelidade feminina é a oferta de pornografia na internet. Expor os sentimentos com maior desenvoltura por meio de ferramentas eletrônicas, como sites de relacionamento e programas de mensagem por computador, é característico da mulher da nova geração, mas contagia também pessoas com mais idade. É uma nova forma de manter uma relação extraconjugal. "A internet é o primeiro passo em uma estrada para a traição", alerta Ailton Amélio, da USP. "Mas muitos acham que teclar com outro não configura infidelidade e que isso só acontece quando há envolvimento físico", pontua a sexóloga e psiquiatra Regina Navarro Lins. Vale lembrar: trair é enganar o outro. Seduzir online, sem que isso seja permitido pelo código estabelecido no relacionamento, é infidelidade.

Na contramão do mito "o homem é sempre o último a saber", um estudo divulgado por pesquisadores da Virginia Commonwealth University, nos Estados Unidos, indicou que eles são mais desconfiados e percebem melhor os sinais da traição do que as mulheres. Os dados revelam que 75% deles detectam a infidelidade, contra apenas 61% delas. Outros números da mesma pesquisa explicam que o motivo da percepção aguçada deles é o fato de ainda serem mais infiéis. "Os homens percebem com mais facilidade a mentira e a dissimulação porque são mais mentirosos e dissimulados. Ele tende a julgar a mulher pelo que ele faz", analisa o psicólogo Thiago de Almeida, da USP.

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O psicólogo Thiago de Almeida fez uma pesquisa que constatou que homens e mulheres são infiéis por motivos diferentes. A maioria dos homens (35,6%) trai pelo efeito novidade e 19,6% pelo prazer e aspecto lúdico. A maioria das mulheres (23,8%) trai por retaliação ou vingança, 19,7% pelo efeito novidade, 15,5% pela carência física e emocional e 11% pelo sexo.

Outra especialista em relacionamentos amorosos, a psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda” (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram, tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente a atração física.

A sexóloga ainda explica que tanto homens quanto mulheres sabem que sexo é bom e, cada vez mais voltados para suas individualidades, gostam de variar. Ela cita que Woody Allen mostra isso em seu novo filme Vicky Cristina Barcelona, para o qual ele escalou atores para viver um quarteto amoroso. A sexóloga fala da poligamia como tendência, existe aqui e acolá, mas não predomina. "O pacto de exclusividade é o grande vilão da história. É o responsável pela falta de tesão na relação, uma das razões alegadas por quem decide fazer sexo com outra pessoa", opina Regina. Ela verificou em pesquisas que, para cada marido que perde o desejo pela mulher, quatro esposas se sentem da mesma forma em relação ao parceiro.

Carioca de 27 anos, a estudante Beatriz Provasi conta que pulou a cerca durante um namoro que terminou no ano passado. Para ela, é normal amar uma pessoa e fazer sexo com outra. "É balela essa história de que homem trai por sexo e mulher por amor. As pessoas se moldam à cultura social, que prega a monogamia. Mas nosso instinto é poligâmico", opina. Beatriz, que vive um relacionamento aberto há cinco meses, não havia acordado no namoro anterior que a poligamia deveria ser a prática entre eles. Por isso, considera que foi infiel. "Infidelidade é a falta de honestidade, é trair a confiança", diz ela, que, entretanto, não se arrependeu.

Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”, avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as necessidades do outro”, explica Regina.

Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição masculina continuam altos. “Sexo e amor são coisas distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a pesquisadora.

Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos: homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão mais opções. Regina Navarro vai mais longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo daqui para a frente. Mas quem disse que um dia foi simples?

Fonte: Revista IstoÉ

13 abril 2011

Vasto Ponto Azul

Há cinco décadas um de nós deu um salto jamais dado, e orbitou por pouco mais de uma hora, a centenas de quilômetros de altitude, a todos nós, com nossos conflitos e vitórias, ou como Carl Sagan diria, “o agregado de nossa alegria e nosso sofrimento”. Yuri Gagarin foi o primeiro de nós a ter um vislumbre do pálido ponto azul, que a centenas de quilômetros ainda surge como uma vasta abóbada, mas uma vasta abóbada azul. “A Terra é azul. Que maravilhoso!”, exclamou para o controle da missão. Gagarin vislumbrou uma perspectiva numinosa, que inspira profunda humildade, fascinação e admiração.

Somados ao longo de toda uma vida, cruzamos com nossos próprios pés milhares de quilômetros de distância percorrendo a superfície deste planeta. Poderíamos dar mais de uma volta através do globo, mas andamos em círculos pequenos, não raro em torno da pequena região próxima onde nascemos. Se apenas pudéssemos traçar estes passos não apenas cruzando o mundo, como em direção ao espaço infinito, é novamente assombroso como bastam algumas centenas de quilômetros para ver a Terra azul, sem fronteiras retilíneas, apenas uma vasta planície que se curva no horizonte, marcada quando muito por rios e oceanos, montanhas e vales, e coberta por uma camada de nuvens brancas sempre mutante, composta da mesma substância que responde por toda a vida que conhecemos e que escorre de nossos olhos quando sentimos nossas mais fortes emoções.

O primeiro homem no espaço foi chamado de cosmonauta, em contrapartida aos astronautas americanos, ou mesmo aos taikonautas chineses. São todos seres humanos, são todos pessoas que deixaram aqueles que amavam abaixo e tiveram medo de nunca mais voltar. Somos nós. Se a tecnologia que lançou Gagarin ao espaço foi a mesma que é capaz de lançar ogivas atômicas que transformariam a cor de todo o planeta em um cinza nuclear, há algum conforto e motivo para celebrar que não tenhamos pintado o ponto em que vivemos de cinza, e neste exato momento haja seis seres humanos orbitando a todos nós.

Seis seres humanos no espaço, incluindo russos e americanos, em uma estação espacial resultado da colaboração contínua de inúmeros países representando centenas de milhões de pessoas em cooperação. Como Gagarin, os tripulantes da Estação Espacial Internacional vêem o planeta azul, e diferente de Gagarin podem partilhar sua emoção, e algo de sua visão, em tempo real.

Algum dia, um de nós deixará o planeta sem medo de nunca mais voltar, porque estará indo viver uma aventura fantástica ao encontro daqueles que ama em um lugar muito mais distante do berço azul onde nascemos. Algum dia, um ponto a milhões de quilômetros de distância, seja ele de que cor for, será o berço de muitas pessoas, que ainda assim serão como nós. Porque seremos nós.

Encaramos desafios imensos, mas somos capazes de façanhas incríveis. Vivemos em maravilhoso berço azul, vasto porque ainda somos infantes, mas ínfimo perto do infinito que podemos explorar. Yuri Gagarin o viu primeiro.



Confira o áudio de Gagarin na Vostok-1 com imagens em First Orbit – the movie completo acima.

[Imagem inicial: Gagarin e Laika, Tebe-interesno, via Lissa. First Orbit via Brainstorm#9, e comentário de Matheus Amorim]

Fonte: Sedentario.org