28 outubro 2010

TRANSCENDENTALIZADO!

Que a brevidade do texto que segue não comprometa o sentimento de amizade que a ele incumbi.




Reconhecimento é a chave do crescimento. Reconhecer é transcender, elevar-se. E, para chegar onde quero, é preciso reconhecer.

Clube Atlético Paranaense. Grande Clube brasileiro, de conquistas notoriamente reconhecidas, foi agigantado por um certo Cabral. Jofre foi um dos responsáveis por esse crescimento. E, como mito, cicatrizou o nome Cabral na história.

Alguns anos depois, um outro Cabral, descendente daquele, faz o mesmo. Atleticano por natureza, amigo dos amigos, companheiro incansável, ele escreve seu nome na história desses que têm o prazer de conviver ao seu lado.

E não há como separar o Amigo do Altético. O Atlético do Amigo. Eles se misturam, fundem-se numa coisa só. Por isso, agradecer a amizade do Ricardo é reconhecer a importância do Altético, e transcender ao clubismo que por muito tempo me acompanhou.

Hoje, posso dizer que sou COXA graças à um certo Cabral, Atleticano e Presidente memorável. E, por ser amigo de outro Cabral, Atleticano como Jofre, sou alguém melhor.

Certa vez alguém disse que para sermos bons temos que ter ao nosso lado pessoas melhores que nós. E Deus me agraciou com pessoas melhores que eu ao meu lado!

Portanto, obrigado, Cabralzinho, por ser uma dessas pessoas e, ainda assim, meu amigo. E parabéns pelo aniversário! Que possamos, juntos, comemorar outros 80 anos de AtleTibas inesquecíveis e amizade inabalável! No mínimo.

Os 'parabéns para você' têm um ritmo conhecido e aclamado por tantos e tantos rubronegros:





Consciência

21 outubro 2010

Os perigos da TPM

BRIGA PELO PODER

*aproveitando a deixa do post abaixo e apresentando uma outra forma de ver as coisas...


Grandes publicações, cercadas de interesses particulares, tentando FAZER A CABEÇA da opinião pública.






É... acho que alguém vai se dar mal nessa!

18 outubro 2010

16 outubro 2010

14 outubro 2010

Tudo de bom!


A maior pesquisa sobre sexo já feita nos Estados Unidos levantou alguns dados muito interessantes sobre a sexualidade feminina dessa população tão conservadora. Apesar de terem a liberdade de expressão e pensamento como o principal pilar da sua democracia, os EUA são caracterizados por terem um povo, em sua maioria, puritano.

Independente disso, os dados levantados são bem concretos e revelam uma sociedade que volta a se soltar, após a grande repressão conservadora sofrida nos anos 70 e 80. Apesar dos pesquisadores não poderem levar em conta o fato de que muitas pessoas mentem para si próprias e logicamente não falariam a verdade em uma pesquisa, eles conseguiram, mesmo assim, levantar com propriedade a verificação concreta de que, no século XXI, a liberdade sexual feminina finalmente voltou a reinar.

Hoje, as mulheres não fazem somente mais sexo, de melhor qualidade e com mais parceiros ou parceiras. Elas foram mais além. A pesquisa verificou que as mulheres americanas conseguiram desmistificar vários tabus sexuais que nem a geração dos hippies da década de sessenta deram conta. Agora elas estão em busca de seu próprio prazer e não de agradar seus homens. Ou seja, a infidelidade cresceu progressivamente no universo feminino, assim como outras práticas sexuais.
7% das mulheres não se vêem como heterossexuais, 14% já praticaram sexo oral em outra mulher e uma proporção maior admitiram já terem feito algum ato sexual com alguém do mesmo sexo. Demonstraram assim que as mulheres da sociedade ocidental superaram o preconceito de ter atração por outra mulher e admitiram gostar disso. Nada mais normal, já que elas são tudo de bom.

Mais uma constatação interessante da pesquisa foi a verificação que o sexo anal tem sido experimentado e praticado constantemente por quase um 1/4 da população feminina. Essa proporção saiu de 10% em 1994, para 22% em 2009. Um crescimento tão grande que aponta uma clara tendência.

Essas informações certamente refletem o que ocorre não somente nos Estados Unidos, mas em todo o Ocidente e demonstram que ainda nos resta esperança, já que as mulheres, invariavelmente, vão dominar o mundo assim que se desprenderem do restante de seus tabus e preconceitos, sejam eles sexuais ou sociais.

A verdadeira Tropa de Elite


No último fim de semana estreiou nas telonas nacionais o filme Tropa de Elite 2. Pela divulgação feita, imagino não ser esta uma notícia nova. E, como a notícia, aqueles que encararem a Tropa, virão que o filme não tráz nenhum assunto novo - mas mesmo assim, inevitalvelmente, ficarão perplexos.

Perplexidade. Termo exato para traduzir o sentimento causado pelo EXTRAORDINÁRIO (e talvez o melhor) filme nacional já realizado.

A maioria dos que viram o primeiro filme esperava o 'mais do mesmo', que certamente seria bem vindo pelo público geral. Meu conselho: não contem com isso! A ação explícita do Tropa 1 internaliza-se, produzindo um caos recolhido, interior, e para mim sem precedentes.

Papai Noel não existe. Coelho da Páscoa também não. Nem a Fada dos Dentes, Duendes ou Unicórnios. Esqueça! É basicamente o que o filme fala, para essas crianças que somos nós. E choca! Deixa-nos órfãos, impotentes. Mas nos dá a dica: o segredo, parceiro, é o voto!


Tudo gira em torno do poder político. Os interesses dos governantes, como tentáculos, abraçam os meios de comunicação, o conteúdo passado em sala de aula, as decisões do judiciário, a nossa segurança, as leis que são criadas... tudo! Estamos a mercê do monstro, e a ossa única arma contra ele é o voto.

Assistam Tropa de Elite 2. Apenas assistam. Não pela perfeição técnica com que a obra foi produzida, nem pelas atuações brilhantes dos atores, ou tampouco pelo roteiro dinâmico e impressionante. Vá ao cinema pela cidadania, por patriotismo. Esse filme, brasileiro como nós, mostra a nossa realidade que não queremos ver. Então vá, não peça prá sair. Essa pica agora é sua, parceiro! Mas vá de cabeça aberta, para que toda essa raiva, essa indignação contida, extravase e acabe contaminando os seus pares. E, junto, todo o nosso desapontamento exploda nas urnas, mudando o destino desse nosso país.




10 outubro 2010

Sossego

Sossegue coração
ainda não é agora.
A confusão prossegue
sonhos afora

Calma, calma
logo mais a gente goza.
Perto do osso
a carne é mais gostosa.

Paulo Leminsky

08 outubro 2010

Morales...


Na inauguração de um campo de grama sintética em La Paz, o presidente boliviano Evo Morales protagonizou uma cena impressionante.

Após jogada mais ríspida de um adversário (Daniel Gustavo Cartagena, zagueiro da equipe da Prefeitura de La Paz), Evo mostrou como as coisas 'funcionam' com ele.





O jogo terminou com empate em 4 a 4, e o zagueiro da prefeitura, adversário de Morales, foi expulso.

Para os que ficaram preocupados com o estado de saúde do agredido, informamos que Evo Morales passa bem, mas ficará 4 dias em repouso e observação. Já Cartagena não voltou para sua função na Secretaria de Planejamento de La Paz...

Nu

Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.

(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.

Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.

Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.

Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos -

Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!

Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.

Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.

Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu'alma
Nua, nua, nua...
Manuel Bandeira

06 outubro 2010

Elas estão em toda parte

O Amor é um estado de consciência

O amor é um estado da consciência em que você está alegre, em que o seu ser dança de alegria. É algo que vibra, se irradia a partir do seu centro; algo que pulsa ao seu redor. O amor atinge todas as pessoas: pode atingir mulheres, homens, assim como pode atingir pedras, árvores e estrelas.

Quando falo de amor, estou falando desse amor: um amor que não é um relacionamento mas um estado de ser. Lembre-se: sempre que eu uso a palavra "amor", eu a uso como um estado de ser, não como um relacionamento. Relacionamento é apenas um aspecto muito pequeno do amor.

Osho, em Intimidade

05 outubro 2010

Politicamente Incorreto - Danilo Gentili (CQC)

*este post contou com a generosa contribuição intelectual da Sra. Fabrina Bonadio, inspiração máxima dos meus dias.


Danilo Gentili, repórter da equipe brasileira do CQC, esteve em Brasília no dia 1º de outubro, dois dias antes das eleições, para fazer piada.

Patrocinado pelo site de web notícias UOL (www.uol.com.br), Danilo realmente jogou m... no ventilador. Não contente apenas em 'tirar onda' com os atuais candidatos, ele relatou alguns fatos que até parecem piada (mas não são!) sobre antigos e poderosos nomes da política brasileira, como José Sarney, Collor de Melo, Lula da Silva entre outros.

O stand up comedy completo de Gentili, "Politicamente Incorreto", é longo, mas cada minuto é fantástico! Além de rir com as chacotas, aqueles que assistirem ficarão supresos com os fatos narrados por ele.

Postaremos aqui apenas duas partes do show (5/6 e 6/6), do total de seis. O show completo pode ser visto neste endereço: http://tvuol.uol.com.br/#view/id=danilo-gentili--politicamente-incorreto-0402983668E0C173C6/mediaId=6788461/date=2010-10-01&&list/type=search/q=danilo/edFilter=all/sort=mostRelevance/

Para os que estão cansados de serem feitos de palhaço, vale a pena ver e dar risada dos que realmente são a piada. E para você Danilo, se vir este post, sou advogado e não cobro tão caro...




Garoto Esperto

04 outubro 2010

Neo-monogamia

Já ouviu falar de “neo-monogamia”? O termo é novo e surgiu recentemente publicado na New York Magazine num artigo sobre os casamentos atuais que tendem a ser cada vez mais abertos.

Neste neologismo prevalece a ideia de que as ditas “facadinhas no matrimônio” deixam de fazer sentido. O casal estabelece determinadas condições de liberdade sexual, que podem ir do simples beijo às orgias mais desgarradas. E, levando a sério este acordo, deixa de haver necessidade de enganar ou trair.

A ideia é, de fato, muito moderna, especialmente para quem pensa que, uma vez casados, homem e mulher devem manter-se fiéis para sempre.

O casal que concordar que deve haver um pouco de liberdade para ambos nunca precisará quebrar a sinceridade entre si. A comunicação não estaria assim mais fácil, saudável e livre de traições e de enganos? Não seria, a relação, dessa forma, muito mais fiel, forte e sincera? Ponto para a neo-monogamia.

Alimento da Alma

É triste que tenhamos de fazer esta pergunta. No curso natural das coisas, todos saberiam o que é amor. Mas entendo que ninguém saiba - ou apenas muito raramente - o que é amor. O amor tornou-se uma das mais raras experiências. Sim, fala-se sobre ele, filma-se, estórias são escritas sobre ele, canções são compostas, filmes são feitos, na televisão você o verá, no rádio, nas revistas - uma grande indústria continuamente o supre com a idéia do que é o amor. Muitas pessoas estão continuamente envolvidas nisso, ajudando as pessoas a entenderem o que é o amor. Poetas, autores, novelistas - todos eles continuam.

Mas ainda assim o amor permanece um fenômeno desconhecido. E deveria ser um dos mais conhecidos. É quase como se alguém viesse e perguntasse: "O que é comida?" Você não ficaria surpreso se viesse alguém é perguntasse: "O que é comida?" Se alguém tem passado fome desde o início e nunca experimentou comida, a pergunta será relevante. Assim é esta pergunta. Você pergunta: "O que é amor?"

Amor é o alimento da alma. Mas você tem passado fome. Sua alma não recebeu nenhum amor, por isso você não lhe conhece o sabor. Sua pergunta é relevante, mas é infeliz. O corpo recebeu alimento, por isso ele continua; mas a alma não recebeu nqualquer alimento, por isso a alma está morta, ou não nasceu ainda, ou está desde sempre em seu leito de morte.

Osho, em Sufis, o Povo do Caminho

02 outubro 2010

Boda Espiritual

Tu não estas comigo em momentos escassos:
No pensamento meu, amor, tu vives nua
- Toda nua, pudica e bela, nos meus braços.

O teu ombro no meu, ávido, se insinua.
Pende a tua cabeça. Eu amacio-a... Afago-a...
Ah, como a minha mão treme... Como ela é tua...

Põe no teu rosto o gozo uma expressão de mágoa.
O teu corpo crispado alucina. De escorço
O vejo estremecer como uma sombra n'água.

Gemes quase a chorar. Suplicas com esforço.
E para amortecer teu ardente desejo
Estendo longamente a mão pelo teu dorso...

Tua boca sem voz implora em um arquejo.
Eu te estreito cada vez mais, e espio absorto
A maravilha astral dessa nudez sem pejo...

Manuel Bandeira

01 outubro 2010

Use ou não, mas compactue dessa idéia...



Operário em Construção

Vinícius de Moraes, antes de ser músico incrível e um eletrista inigualável, era um poeta apaixonado, mas que também escrevia sobre política. Essa poesia que segue é de leitura obrigatória a quem vai votar nesse final de semana.

Operário em Construção - Vinícius de Moraes

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.

Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião

Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?

(...)
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui,
Adiante um apartamento
Além uma igreja. À frente,
um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente,
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção

Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.

Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!

Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.

O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração

E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
-Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.