31 março 2009

Com a Angelina pode


A lista do passe livre é um clássico. A maioria dos casais já fez o exercício de listar as celebridades com as quais os dois poderiam ter uma noite de sexo, caso acontecesse um milagre. Afinal, quem dispensaria o Johnny Depp ou a Angelina Jolie? Os dois lideraram a lista da enquete feita pelos sites de relacionamento Date.com, Matchmaker.com e Amor.com. Os homens e mulheres também deixariam o ciúme de lado nos seguintes casos:

Os homens podem com a
Angelina Jolie 25.9%
Jennifer Aniston 24.1%
Halle Berry 23.8%
Penelope Cruz 22.4%
Eva Mendes 20.7%
Nicole Kidman 20.7%
Sandra Bullock 19.0%
Jennifer Garner 18.9%
Lucy Liu 17.2%
Reese Witherspoon 17.2%
Demi Moore 16.7%
Julia Roberts 15.5%
Kate Winslet 15.3%
Kiera Knightly 12.1%
Scarlett Johansson 11.8%
Natalie Portman 8.6%
Katherine Hiegl 6.9%

E as mulheres com
Johnny Depp 32.2%
George Clooney 29.0%
Will Smith 28.4%
Brad Pitt 25.8%
Matthew McConaughey 25.8%

26 março 2009

Inri Winehouse



Estou há alguns minutos sem conseguir parar de rir. Apesar de acreditar que devemos respeitar todas as religiões, esse vídeo é muito engraçado.
Antenado às tendências da música pop e da internet, Inri Cristo lançou um vídeo promocional no YouTube, no qual seu séquito - popularmente conhecido como "inrizetes" - canta uma versão da música Rehab, de Amy Winehouse.
"Não diga não" é a versão mística de Rehab, conforme anuncia uma inrizete loirinha já no início do vídeo.
Cantada em português e cuidadosamente legendada em inglês, a investida mostra as cantoras estendendo ou encurtando o som das palavras, para conseguirem completá-las junto à melodia original, concebida para a língua inglesa.
"O Inri é Cristo e você só quer dizer não, não, não / Pare pra pensar no que vamos falar / E então, então, então / Vamos festejar", cantam as seguidoras de Inri.
A produção teve o cuidado de deixar os cabelos das inrizetes penteados com coques na parte de cima da cabeça, bem no estilo Amy. Os fios são presos com uma tosca fivela em forma do Sagrado Coração de Cristo.
Há coreografias e passinhos, além de efeitos especiais como sombras de corpos contra um céu azul.
Segundo as seguidoras do profeta, "agora / você te-e-e-em / que se decidir / entre o mal e o be-e-e-em / pode se prepara-a-a-r". Outra opção para a distração do internauta é clicar no conteúdo relacionado que o YouTube oferece na barra ao lado do clipe de Inri Cristo - são produções eróticas, em sua maioria. Tenho a obrigação de indicar também a performance das inrizetes na versão de Sorry, da Madonna, que é igualmente hilária.

25 março 2009

Hora do Planeta


Earth Hour
Realizada pela primeira vez em 2007, a Earth Hour (Hora do Planeta) contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008, o movimento reunião 50 milhões de pessoas, de 400 cidades, em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.
Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, sábado, das 20h30 às 21h30, e já conta com a adesão de 6.831 organizações, 20.887 empresas e 2.712 cidades, de 84 países diferentes, entre elas Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Curitiba. Cada pessoa pode se cadastrar no site ou, simplesmente, apagar as luzes no próximo sábado. A intenção é chegar a 1 bilhão de participantes.


24 março 2009

Obra-prima

Masterpiece



Se a vida fosse uma pintura
E você fosse o artista
O que você iria pintar?

Quais as cores que você usaria?
Cinza?
Azul Celeste?
Vermelho sangue?

Seria uma paisagem?
Isso ainda é sua vida?
Um retrato de você mesmo?
O seu grande amor?
Suas apaixonadas esperanças?

Você penduraria no centro da sua sala de casa?
Ou no centro do seu escritório?
Ou no centro de seu coração?

Quando for vista por outras pessoas...
O que irão lembrar?
Só linhas em uma tela?
Ou uma obra de arte?

Esta é a sua vida.
Pinte algo ousado!
Faça uma obra-prima!
E assine seu nome.

20 março 2009

Ateus e crentes: dois lados da mesma moeda estúpida

Há uma história sobre Buda, onde uma manhã um homem perguntou a ele: "Existe um Deus?"
Buda olhou para o homem, olhou dentro e seus olhos e disse:
"Sim, existe um Deus."
Neste mesmo dia, à tarde, outro homem perguntou: "O que você acha de Deus? Existe um Deus?"
Novamente ele olhou para o homem e para dentro de seus olhos disse: "Não, não existe nenhum Deus."
Ananda, que estava com ele nas duas ocasiões, ficou muito confuso, mas ele sempre era muito cuidadoso para não interferir em nada. Ele tinha o seu tempo quando todo mundo partia à noite e Buda estava indo dormir; se ele tinha que perguntar alguma coisa, ele poderia perguntar neste momento. Mas, à noite, enquanto o sol estava se pondo, um terceiro homem veio com quase a mesma questão, formulada diferentemente. Ele disse: "Você pode dizer algo sobre Deus?"
Ananda estava agora escutando muito concentradamente o que Buda diria. Ele deu duas respostas absolutamente contraditórias no mesmo dia e agora uma terceira oportunidade surgiu - e não existe uma terceira resposta. Mas Buda deu uma terceira resposta. Ele não falou, ele fechou os seus olhos. Era uma linda noite. Os pássaros tinham se acomodado em suas árvores - Buda estava em baixo de uma mangueira - o sol se pôs, uma brisa fresca estava começando a soprar. O homem, vendo Buda sentando com os olhos fechados, pensou que talvez esta é a resposta, assim ele também se sentou com os olhos fechados.
Uma hora se passou, o homem abriu os olhos, tocou os pés de Buda e disse: "Obrigado pela resposta." E foi embora.
Ananda não podia acreditar, porque Buda não falou uma simples palavra. E quando o homem foi embora, perfeitamente satisfeito e contente, Ananda perguntou a Buda: "Isto é demais! Você poderia pensar em mim - você me deixa louco. Eu estou à beira de um colapso nervoso. Para um homem você diz que existe Deus, para outro homem você diz que não existe Deus e para um terceiro você não responde. E este estranho seguidor diz que ele recebeu a resposta e, grato, ainda toca os seus pés! O que está acontecendo?"
Buda disse: "Ananda, a primeira coisa que você tem que se lembrar é que estas perguntas não eram as suas, e aquelas respostas não foram dadas para você. Por que você deveria se preocupar com elas? Elas não são da sua conta, mas algo entre mim e aquelas três pessoas".
Ananda disse: "Isto é verdade, estas não eram minhas perguntas e as respostas não foram dadas para mim. Mas o que eu posso fazer? Eu tenho ouvidos e escuto e eu escutei e vi e agora todo o meu ser está confuso - o que é certo?"
Buda disse: "Você pensa na vida em termos absolutos, é esse o seu problema. A vida é relativa. Para o primeiro homem a resposta foi sim e era relativa a ele, estava relacionada com as implicações de sua questão, de seu ser, de sua vida. O homem a quem eu disse sim era um ateu; ele não acredita em Deus e não quero dar suporte a seu ateísmo estúpido; ele fica a proclamar que Deus não existe. Mesmo se um pequeno espaço for deixado inexplorado... talvez Deus exista naquele espaço. Só quando você investigou toda a existência pode dizer com absoluta certeza que Deus não existe. Isso é possível somente no final, e aquele homem estava simplesmente acreditando que Deus não existe, mas não tinha experiência existencial de que Deus não existe. Precisei estilhaçá-lo, precisei trazê-lo de volta à terra, precisei bater duro em sua cabeça. Meu sim foi relativo àquela pessoa, a toda a sua personalidade. Sua pergunta não era apenas palavras. A mesma palavra vinda de outra pessoa poderia ter recebido uma outra resposta.
E foi isso que aconteceu quando respondi "não" ao outro homem. Ele era um idiota tal qual o primeiro, mas no pólo oposto. Ele queria o meu apoio - ele já acreditava em Deus. Ele veio com a resposta pronta, apenas para solicitar o meu apoio de modo que ele pudesse ir e dizer: ‘Eu estou certo, o próprio Buda pensa assim’. Eu tinha que dizer não para ele, apenas para perturbar a sua crença, porque crença não é sabedoria.
E o terceiro homem veio sem crenças. Ele não me perguntou se Deus existe. Não, ele veio com o coração aberto, sem a mente, sem crenças, sem ideologias. Ele era realmente uma pessoa sã e inteligente. Ele me pediu: 'Você pode dizer algo sobre Deus?'
Pude perceber que aquele homem não tinha crença dessa ou daquela natureza; ele é inocente. Com uma pessoa tão inocente, a linguagem não tem sentido. Não posso dizer sim nem não; apenas o silêncio é a resposta. Então fechei os olhos e permaneci em silêncio.
E minha impressão sobre o homem provou ser correta. Ele fechou os olhos também. Ele entendeu minha resposta: fique em silêncio, vá para dentro. Ele então recebeu a resposta de que Deus não é uma teoria, uma crença que você deve estar contra ou a favor. Foi por isso que ele agradeceu pela resposta.
Deus não é uma coisa muito distante de você; ou você é uma mente ou você é um deus. Em silêncio e em consciência a mente desaparece e revela a sua divindade para você. Apesar de eu não ter falado nada para ele, ele recebeu a resposta e recebeu-a da maneira correta."

Osho, em Buda: sua vida e seus ensinamentos

19 março 2009

O maior dos sofrimentos

(...)
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
"aquela que nunca amou."
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido..."
Pablo Neruda

18 março 2009

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Nunca deixe de fazer algo que gosta!
A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.
Mário Quintana

17 março 2009

Vagabundo espiritual

Entrevista da revista IstoÉ com Deepak Chopra.

ISTOÉ – Qual é a base de sua teoria?
Deepak Chopra – Tudo gira em torno de como a consciência funciona. Consciência é o princípio básico, enquanto mente e realidade física vêm em segundo plano, como consequência de uma realidade mais profunda.

ISTOÉ – Mas como isso funciona e pode vir a curar doenças através do poder da mente?
Chopra – Não é a mente, mas a consciência, que é mais básica. Mente são os pensamentos e consciência é a capacidade de estar consciente. Claro que a mente é um componente da consciência, mas há muitos outros: intuição, criatividade, compreensão, conhecimento, imaginação, inspiração, discernimento, intenção, sabedoria. Quando se fala em mente e pensamentos, isto é um tanto superficial. Eu conheço os equívocos que as pessoas têm sobre meu trabalho. Dizem: "Tem a ver com pensamento positivo." Não. Pensamento positivo pode ser perigoso, estressante, artificial, ou uma dissimulação, se você não se sente positivo e tenta parecer.

ISTOÉ – E como isto pode resultar em cura?
Chopra – Quando há uma mudança em sua consciência, há uma mudança em sua fisiologia. Por exemplo, quando alguém está dormindo, sua fisiologia é distinta da de quando está sonhando ou acordado. Há mudanças nas funções do cérebro e do corpo. Quando você tem uma certa intenção ou desejo, espontaneamente acontece uma atividade eletromagnética e química no cérebro que é percebida em todas as partes do corpo. Os músculos estão ouvindo o que acontece dentro de você, eles têm uma consciência, tomam decisões, possuem memória. Ao mesmo tempo, seu corpo funciona como uma farmácia. Produz substâncias químicas que são drogas melhores do que as disponíveis hoje, feitas na medida e no tempo certos para o órgão certo, sem efeitos colaterais. E todas as instruções estão numa área, que é a consciência.

ISTOÉ – Especialmente para as pessoas religiosas, atingir a cura por este caminho é um milagre.
Chopra – Não tem nada a ver com milagre. Milagre é apenas algo que a gente não tem uma explicação, quando se tem uma explicação nós chamamos de ciência. Os milagres de ontem são a ciência de hoje e os milagres de hoje serão a ciência de amanhã.

(...)

ISTOÉ – Há uma relação entre sucesso e felicidade?
Chopra – Não há uma conexão direta, embora é verdade que aqueles que têm dinheiro são mais felizes do que os que não têm. Porque se você é pobre a única coisa em que pensa é em dinheiro.

ISTOÉ – Não é possível imaginar que pessoas na pobreza estejam em harmonia.
Chopra – Não estão. A pobreza é uma grande doença de nossa civilização e precisa ser atacada de uma maneira criativa. A maneira tradicional tem sido colocar os pobres dentro de um sistema assistencialista e estimular a dependência deles do Estado. Isto é algo em que eu estou muito interessado, despertar a consciência de prosperidade. De onde vem o dinheiro? Eu tenho um amigo que trabalha com Internet e em um dia ele fez US$ 1,4 bilhão. De onde isso vem? O que é o dinheiro? Dinheiro é nada sem a consciência do quanto a gente vale. O fato é que precisamos encontrar soluções criativas para acabar com a pobreza. Há riqueza suficiente no mundo para suprir as necessidades de todos.

ISTOÉ – Por que o sr. não gosta de ser chamado de guru?
Chopra – Eu vou desistir, me chame da maneira que quiser (risos). Muita gente tem esta idéia, é uma palavra muito limitada. Mas usam por causa da Índia. Eu não penso em mim como indiano, mas sim como ser global.

ISTOÉ – A globalização o ajuda a ser mais popular?
Chopra – Certamente, a informática, a Internet e Larry King deram uma grande contribuição para a minha carreira.

ISTOÉ – O sr. é apresentado como filósofo, pensador, escritor, guru, reparador de corpo, mente e espírito. Como o sr. se define?
Chopra – Um cigano, um vagabundo espiritual.

16 março 2009

Máscara

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin

15 março 2009

Até o vitorioso pode ser vencido pela vitória



Aconteceu na Polônia. Durante o “show de talentos” na televisão, chamado “So you think you can dance” [“Então você pensa que pode dançar”], a candidata Anna Kasprzak, após receber a nota 10 e passar para a próxima etapa do concurso, ficou tão contente, mas tão contente que, na comemoração, se jogou para fora do palco, caindo e se machucando. Eis aqui uma aula magistral sobre o conceito de divisão do sujeito – a grande descoberta de Freud. O que é a divisão do sujeito? É querermos fazer algo de um jeito e fazermos diferente do que pensamos, às vezes até ao contrário do que planejamos...sem querer. Em outras palavras, o sujeito que comemora a vitória não é o mesmo que cai. E, no entanto, ambos habitam o mesmo corpo. Logo, uma verdade se estabelece: há algo mais forte que a consciência, há algo que contraria a consciência, há algo que por mais que a consciência não queira, se impõe, predomina, derruba completamente a força de vontade. Sobre isso, Freud legou à humanidade uma das pesquisas mais belas de sua história. Se chama “Alguns Tipos de Caráter Elucidados pelo Trabalho Psicanalítico” (1916) e está publicado no volume 14 de suas Obras Completas. O segundo capítulo desse trabalho recebe o título de “Os que fracassam ao triunfar”. Magnífico! Se Freud só tivesse escrito isso, já seria gênio. Freud demonstra aí que não há nada mais perigoso para o ser humano do que o sucesso, do que a nota dez. Há no dez uma idéia de completude, uma idéia de nada mais faltar – ora, nada mais faltar é o que caracteriza justamente...a morte. Por outro lado, nessa pesquisa Freud começa a investigar o que mais tarde vai chamar de “supereu”, ou seja, uma instância psíquica, um lugar psíquico presente no discurso de cada um – repito, no discurso, na fala de cada um e não, como acreditam os neurologistas, em algum lugar do cérebro. Por exemplo, eu tenho certeza que irão submeter Anna a uma série de tomografias e exames de sangue e que os resultados darão...negativo. Brincando com a história da psicanálise, o resultado será Anna O...negativo! Uma das funções do supereu é medir constantemente o sujeito, é verificar o quanto ele se aproxima ou se distancia do “ideal”. O paradoxal é que mesmo quando o sujeito supostamente chega lá...no ideal, o “supereu” não se satisfaz e exige mais – tendo esse “mais”muitas vezes a característica de uma punição, de um castigo, como esse de Anna. É isso que levou Lacan a denominar essa característica de “face feroz e obscena do supereu”, ao exigir do sujeito o gozo. Gozo, não o prazer. A Anna que tem prazer com o resultado do teste não é a mesma Anna que goza se jogando no abismo. O gozo é aquilo que está além do prazer, o contraria, é mesmo o avesso do prazer.
Leonardo Ferrari

14 março 2009

MON

Van Gogh - Paisaje en Drenthe, em 1883

A melhor notícia do ano até aqui é provavelmente a vinda de nomes gigantes das artes plásticas. Pissaro, Van Gogh, Degas, Renoir, Monet, Lucas Van Gassel, Pieter Brueghel, Jean-Baptiste Camille Corot e José Maria Velasco farão parte da exposição "Paisagem Entorno e Retorno - Coleção do Museo Soumaya", que abre as portas neste sábado no Museu Oscar Niemeyer.

Todos, até o paisagista mexicano, indispensáveis. São 72 obras provenientes da Coleção do Museo Soumaya, do México, com o tema “paisagem”. “É uma nova leitura deste importante gênero na arte ocidental”, explicou o curador Héctor Meza por meio da assessoria.Este é o tipo de evento único. O curitibano não tem acesso à História da Arte. Nenhum grande artista está representado em nenhum espaço cultural da cidade. Se algum aventureiro quiser ver com os próprios olhos quadros de Picasso, El Greco ou Matisse tem que, obrigatoriamente, viajar.É verdade que não é um mal que aflige somente Curitiba. Por isso, a exposição do MON é necessária. Pelo que conheço, o museu mais próximo e relevante é o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP). Mais que isso só pegando o avião e saindo do país.

13 março 2009

Ética

Alguém pode não saber ler ou nunca ter ouvido falar de ética, mas só será feliz se for ético. Ética não é uma condição que a gente tem de atender para agradar a empresa ou ao chefe; não é recitar códigos ou doutrinas.

Ética é o que fica da vida que levamos, das coisas que fazemos todo dia, agora; é o saldo que resta em nosso coração das ações que praticamos. Não se pode aprender ética apenas em livros ou em aulas e, menos ainda, em palestras. Ela está lá no Evangelho de Jesus: no Sermão da Montanha e em muitas outras passagens. Mas não é difícil encontrar a ética dentro de nós, saber o melhor caminho a seguir.

A felicidade de comercial não é sustentável. A satisfação dos cartões de crédito, do consumo, dos vícios ou da corrupção. A felicidade que tira dos outros, diminui muito mais de nós mesmos. Isto não é moralismo, não é pieguice, é realidade! "Ignorante" é o nome dado por Sócrates a quem ainda não sabe disso. Todo mundo vai descobrir que o mal não vale a pena, que o egoísmo não constrói nada, só estraga, destrói. De uma maneira ou de outra vai descobrir disso. A boa vontade será a melhor maneira e a decepção, a pior. . .

Não precisamos sofrer tanto para aprender que a vida é muito mais ajudar e compartilhar do que competir, ferir e derrotar. Quem tem o coração cheio de amor, tem ética, naturalmente. Ética é não estar preocupado com a reputação, mas com o caráter. O comportamento espontâneo, generoso e fraterno, é ética.

Quando a ética não é uma escolha, mas um dever imposto pela consciência, isto é ética. Quando estamos empenhados em dar o melhor de nós e não em sermos os primeiros, isto é ética.

Quando nos esforçamos para ter bondade e não para aparentar bondade, isto é ética. Quando o cuidado com os sentimentos dos outros lapida a dureza das palavras, isto é ética.

Quando olhamos para os outros e nos colocamos no lugar deles, quando vemos Deus nos outros, isto é ética. Quando perdoamos, deixando espaço livre na nossa memória para paisagens de ternura e humanidade, isto é ética.

Quando descobrimos uma qualidade nova em alguém que não gostamos, isto é ética. Quando identificamos em nós algum defeito e enxergamos como a vida é maravilhosa, isto também é ética.

Quando não nos vingamos de quem nos prejudicou, mesmo tento a oportunidade ideal, isto é ética. Quando olhamos os filhos dos outros como nossos próprios filhos e os empregos dos outros como o nosso "ganha pão", isto é ética. Quando sabemos que o dinheiro, o conforto, a posição ou o status de que desfrutamos são apenas privilégios e não direitos, pois podem nos ser tirados a qualquer momento pelo infortúnio, pelo imponderável ou pela morte: isto é ética!

Quando aquilo em que acreditamos não é expresso como uma declaração de princípios, mas sai da nossa boca como poesia, isto é ética! Quando somente conseguimos conspirar pela felicidade dos outros, isto é ética.

Quando sabemos que o amor pela pedra, pelo inseto, pela planta, pela brisa e por todas as coisas, que a ação em benefício de alguém que nem conhecemos e que a gratidão pela vida são tesouros permanentes, isto é ética. Quando sentimos que o amor invadiu cada sílaba que pronunciamos, cada lembrança, cada gesto, olhar e tarefa, enfeitando o templo do coração com as flores do bem, isto é felicidade...

O prof. Emerson Barros de Aguiar é Doutor em Filosofia pela Universidad de Zaragoza (Espanha), Escritor e Professor Universitário em João Pessoa (PB)

11 março 2009

Entre teias e tramas

"Teu corpo me machuca, quis dizer. Quis dizer que tua procura me enternece. Que quando te abraço, o que seguro firme com os dedos é o desejo de ser desejo teu. Quis contar como as paredes se dobram quando não estás. Que faço quarentenas de ti e que te espero. Mas, no lugar da fala, teço mantilhas para aquecer teu corpo ausente. Faço do cabelo uma trança, concebendo outros nós. As aranhas me acompanham no trabalho de tecer. Vivo entre teias e tramas, aumentando esses contatos da coisa com a coisa mesma. Mas o acúmulo de solidão também é aspereza e é quando vens que posso descansar de mim mesma e dos nós. Chegas com olhos banhados de umas águas antigas, em silêncio, procurando um conforto qualquer que te deixe quieto. Vens para te esvaziar. Enquanto te espero para iluminar a casa, dar corpo ao tecido, soltar o cabelo, ficar completa. Vens buscar brandura do contato ameno, enquanto eu inteira anseio pelos arranhões e os aprisionamentos breves do atrito. Quis te dizer qualquer coisa que aliviasse a minha angustia, qualquer coisa que atrasasse tua partida. Quis encontrar alguma fala, para dar um sentido talvez bonito, talvez suave, de me ver tão sôfrega de nós e atritos ao lado de ti, sempre tão ameno e grato de teus contatos com o nada."

08 março 2009

Mutantes


Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.

Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.
Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."

Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem. Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje! Ou você abre seu coração, ou algum cardiologista o fará por você!
Deepak Chopra

04 março 2009

Fazendo jurisprudência

STJ mantém decisão que condenou Igreja Universal a devolver valor entregue por fiel
A Igreja Universal do Reino de Deus terá que devolver uma doação de R$ 2 mil, devidamente corrigidos, feita por um fiel arrependido. (...) De acordo com os autos, um motorista, morador de General Salgado (SP), ao visitar a Igreja, foi induzido a fazer parte do “rebanho”, mas, para isso, teria primeiramente que abandonar o egoísmo e se desfazer de todos os seus bens patrimoniais. Como recompensa, o pastor prometeu que sua vida iria melhorar tanto no campo profissional quanto no sentimental. Assim, o motorista vendeu um automóvel Del Rey, único bem que possuía, por R$ 2,6 mil e entregou dois cheques ao pastor. Alguns dias depois, arrependido, conseguiu sustar um dos cheques, de R$ 600, mas o primeiro cheque, de R$ 2 mil, já tinha sido resgatado pela Igreja. Inconformado, ele entrou na Justiça com uma ação de indenização por danos morais e materiais.

03 março 2009

Loucura

"Com efeito, o que é a vida se suprimis seus prazeres? Merece ela então o nome de vida?... Vós me aplaudis, meu amigos! Ah! eu sabia o quanto éreis todos muito loucos, isto é, muito sábios, para compartilhar meu pensamento... Os próprios estóicos (conservadores, moralistas) amam o prazer; eles não poderíam odiá-lo. Por mais que dissimulem, por mais que difamem, a volúpia aos olhos do vulgo, cumulando-a de injúrias as mais atrozes, é puro fingimento! Tratam de afastar os outros dela para que eles próprios a usufruam com mais liberdade. Mas, por todos os deuses! que eles e digam então qual instante na vida não é triste, tedioso, desagradável, insípido, insuportável, se não for temperado pelo prazer, isto é, pela loucura."
Erasmo de Rotterdam - Elogio da Loucura

02 março 2009

Grande Marge


"Marge, a matrona da família Simpson, deixou as aparências de lado e lascou um beijo em uma de suas amigas do clube de leitura no episódio de "Os Simpsons" que foi ao ar neste domingo (1), na TV americana. O gesto seria surpreendente não tivesse sido mais um dos frutos da fértil imaginação do bonachão Homer Simpson.

A cena faz parte do episódio "How the test was won", parte da 20ª temporada do desenho, que em breve baterá o recorde de série mais duradoura da televisão americana.

Não é a primeira vez que o lesbianismo é abordado no desenho. Em um episódio levado ao ar em 2005, Marge descobre que sua irmã mais velha, Patty, está namorando uma jogadora de golfe chamada Veronica."
Fonte: Globo.com