"Na sombra cúmplice do quarto,
Ao contato das minhas mãos lentas,
A substância da tua carne,
era a mesma que a do silêncio.
Do silêncio musical,
cheiode sentido místico e grave,
ferindo a alma de um enleio
mortalmente agudo e suave.
Ahhh tão suave e tão agudo!
Parecia que a morte vinha...
Era o silêncio que diz tudo
o que a intuição mal adivinha.
É o silêncio da tua carne,
da tua carne de âmbar, NUA,
quase a espiritualizar-se...
Na aspiração de mais ternura."
Monoel Bandeira.
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