Era como andar às cegas num pântano, ou quem sabe, equilibrar-se precariamente numa corda bamba. Incrível como reencontrá-la, encarar aqueles olhos oblíquos, inescrutáveis, admirar aquele sorriso velado, falsamente ingênuo, lhe causava uma desconfortável inquietude.
Um frio percorreu sua espinha e ele sentiu medo, ao mesmo tempo, uma insana e diabólica atração o impedia de recuar, e ele se perguntou: porque nos tornamos, assim, por vezes, vítimas de nós mesmos?
Paralisou como se o tempo e seus sentidos houvessem sido tragados por um vácuo.
Segundos após, atônito, percebia suas mãos descendo febris e deslizando por aquele corpo, como um caçador que aventura-se por uma mata escura e conhecida, mas não menos perigosa e repleta de armadilhas.
Assim lançou-se sobre ela, como escravo de um sortilégio, cego, faminto e voraz.
E ela o recebeu, doce, úmida e ardente.
E aplacou todas as suas angústias.
E saciou todas as suas fomes.
2 comentários:
Que foto linda! Embora este corpo belo e perfeito seria capaz de deixar qualquer foto interessante...
OLÁ!
Descobri seu endereço pela adm do wordpress...
Obrigada pela divulgação do meu texto e pelo link ao meu blog.
Apareça por lá.
bjs
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