26 agosto 2009
25 agosto 2009
20 agosto 2009
Globo x Record
Depois de ser alvo de várias notícias que relataram o recebimento, pela Justiça, de denúncia do Ministério Público de São Paulo e da abertura de ação criminal contra Edir Macedo, fundador da Iurd, e dono da Rede Record, além de mais nove integrantes da igreja, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, a Record resolveu contra-atacar e adquiriu os direitos do documentário inglês "Muito Além do Cidadão Kane". Apesar de antigo (1993), o documentário demonstra a influência da Rede Globo na opinião pública brasileira. Mais do que um simples filme, esse documentário é obrigatório a qualquer brasileiro que queira entender minimamento o que acontece no seu país.
Independente disso, a briga entre as duas maiores redes de televisão do Brasil é muito mais divertiva e interessante do que qualquer um dos seus programas de auditório, reality shows ou novelas. Que continuem brigando!
Independente disso, a briga entre as duas maiores redes de televisão do Brasil é muito mais divertiva e interessante do que qualquer um dos seus programas de auditório, reality shows ou novelas. Que continuem brigando!
18 agosto 2009
16 agosto 2009
15 agosto 2009
14 agosto 2009
Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo,
que estereliza os abraços,
não cantaremos o ódio,
porque este não existe,
existe apenas o medo,
nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões,
dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados,
o medo das mães,
o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores,
o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte
e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Drummond - Congresso Internacional do Medo
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo,
que estereliza os abraços,
não cantaremos o ódio,
porque este não existe,
existe apenas o medo,
nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões,
dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados,
o medo das mães,
o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores,
o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte
e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Drummond - Congresso Internacional do Medo
13 agosto 2009
Dois que são UM
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
08 agosto 2009
07 agosto 2009
Sei Lá
Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão
A gente nem sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão
Vinicius de Moraes
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão
A gente nem sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão
Vinicius de Moraes
06 agosto 2009
A Verdadeira Dívida Externa
O Encontro com Chefes de Estado da Comunicade Européia, em 21 de fevereiro de 2003, foi marcado pelo discurso "A verdadeira dívida externa", do Cacique Guaicaipuro Cautémoc, que causou embaraço aos líderes europeus.
Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a américa há 40 mil anos, vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos.
O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos ou países inteiros.
Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das índias ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram a seu sétimo mandamento.
Genocídio?... Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão.
Espoliação?... Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra!
Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimos amigáveis que fizemos à europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas.
Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus.
Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos.
Lamentamos dizer que não.
Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo. e acabaram ocupados pelas tropas da OTAN.
Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo.
Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de milton friedmann, segundo o qual uma economia não pode depender de subsídios.
Por isso, meus senhores da europa, eu, guaicaipuro cautémoc, me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros.
É para seu próprio bem.
Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao terceiro mundo.
Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos.
Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais!
Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo.
Mas há sempre uma saída: entreguem-nos a europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.
02 agosto 2009
Sou
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
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