29 outubro 2012

Um Sorriso


O trecho abaixo foi retirado da mais famosa obra de F. S. Fitzgerald. Conheci Fitzgerald através de um filme, "Meia Noite Em Paris", de Woody Allen. Tal filme, assisti com alguém realmente especial. A mulher que deveria ocupar um espaço único e nunca mais sair. Ela está longe agora, e não há sorrisos sem ela. Por isso, o texto abaixo é utópico. É uma busca, um sorriso compreensivo, apaziguador. E ela sabe, no fundo, que um sorriso assim só pode vir dela. Quem sabe amanhã, quem sabe um dia, se ela voltar a sorrir, o sol volte a brilhar para nós dois.


"Sorriu compreensivamente - muito mais do que compreensivamente. Era um desses sorrisos raros que têm em si algo de segurança eterna, um desses sorrisos com que a gente talvez depare quatro ou cinco vezes na vida. Um sorriso que, por um momento, encarava - ou parecia encarar - todo o mundo eterno, e que depois se concentrava na gente com irresistível expressão de parcialidade a nosso favor. Um sorriso que compreendia a gente até o ponto em que a gente queria ser compreendido, que acreditava na gente como a gente gostaria de acreditar, assegurando-nos que tinha da gente exatamente a impressão que a gente, na melhor das hipóteses, esperava causar."

O Grande Gatsby, pg. 44 - Francis Scott Fitzgerald

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