05 janeiro 2008

Comportamento Humano


Há 60 anos era publicado o primeiro relatório Kinsey (Sexual Behavior in the Human Male), que iniciou a revolução sexual que mudaria o mundo. O segundo volume (Sexual Behavior in the Human Female) saiu somente 5 anos depois. Suas pesquisas revelaram o perfil sexual dos americanos em 1940. Atitudes que eram tidas como absurdas na época foram demonstradas como comportamento comum. Levantou-se, por exemplo, que 92% dos homens e 62% das mulheres admitiram masturbar-se regularmente. Sobre relações antes do casamento, verificou que 50% das fêmeas não deveriam casar de branco. Pior ainda quando estudou as relações fora do casamento: 50% dos cavalheiros e 26% das senhoras pularam a cerca durante seus casamentos (em 1940). E ainda, que 20% das mulheres admitiram, na pesquisa, terem tido orgasmo através de relações homossexuais durante algum momento da vida.

Com esta obra, que foi uma das mais vendidas nas livrarias americanas, ipodemos maginar a enorme polêmica causada por Alfred Kinsey nos Estados Unidos dos anos 40. Por isso ele foi perseguido por religiosos e conservadores durante toda a vida. Ainda hoje afirmam que ele e sua mulher (com quem viveu 35 anos) levaram uma vida promíscua e que eram homossexuais. Em nada tais perseguições parecem ter atingido o autor, uma vez que seus estudos concluíram que o ser humano não é monogâmico e que existem vários níveis de homossexualismo.

Hoje questionam os métodos utilizados na pesquisa e que os dados não são conclusivos, mas é certo que o levantamento foi amplo, pelo menos entre os brancos americanos. Penso que, em uma sociedade tão conservadora como a dos Estados Unidos da época, resta concluir que, se tais dados estão errados, errou-se para menos.

Melhor, proponho uma atualização da pesquisa. Até tenho algumas questões a incluir...

Nenhum comentário: