25 novembro 2008

Uma boa doença

Único prêmio Nobel de Literatura da língua portuguesa, José Saramago, 86, disse que não precisou ler a obra de Paulo Coelho para ficar mais sereno. A afirmação foi nesta terça-feira em São Paulo.

"Não precisei ler o Paulo Coelho. Uma boa doença vale por toda obra do Paulo Coelho", disse em tom de brincadeira.

A serenidade veio após o período em que ficou muito doente e que o obrigou a interromper o livro que veio lançar no Brasil, "A Viagem do Elefante".

Totalmente recuperado, Saramago está em São Paulo também para promover a exposição "A Consistência dos Sonhos", que também tem uma versão em livro, uma cronobiografia assinada por Fernando Gómez Aguilera.

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Sobre o novo livro, Saramago afirmou que o inusitado é que a dosagem de humor que colocou na obra. Ele também afirmou que fez uma certa "garimpagem" espontânea de vocabulário ao usar espontaneamente palavras de sua adolescência e infância.

"Usei palavras que tinham ficado enterradas no passado, somos compostos de sedimentos lingüísticos", afirmou o escritor português.
Folha Online

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