26 outubro 2007


"Pois a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal,

Sobre o regaço brando e maternal
Da tus doce Irmã compadecida.

Hás-de contar-me nessa voz tão querida
A dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que à minha alma profunda fez a Vida.

E hás-de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados, velhos,

Hão-de fazer-se leves e suaves...

Hão poisar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto, como penas de aves..."

Florbela Espanca

23 outubro 2007

Mundo miniatura

Se o mundo fosse reduzido a uma pequena comunidade de 100 pessoas, mantendo as mesma proporções que temos hoje em dia, seria algo assim...

Para ver em português - http://www.miniature-earth.com/me_portugues.htm

22 outubro 2007

Pare e pense!

Pompeu de Toledo deu mais uma aula essa semana na última página de Veja.

"A maior novidade, e o maior mérito, do filme Tropa de Elite é trazer a figura do consumidor para o centro do problema das drogas e, por conseqüência, da criminalidade, que tem na droga sua maior e mais devastadora causa. Não é só na Zona Sul do Rio de Janeiro que o consumidor tem sido historicamente tratado como a parte mais fraca (coitado, é um viciado) ou inocente (coitado, ele só quer se divertir) do problema. Essa é uma crença que dá volta ao mundo e tem seu epicentro, como quase tudo, no lugar onde as coisas são decididas – Washington. Desde que despertaram para o problema das drogas, sucessivos governos americanos têm dedicado a parte do leão de seus programas, seu dinheiro e suas energias a coibir o tráfico, isto é, o lado da oferta. Ao lado da demanda sobra atenção desprezível, em comparação. Um dos subprodutos desse modo de enfrentar a questão foi a entronização, no imaginário americano, de um estereótipo que estigmatiza todo o subcontinente latino-americano – o do traficante bigodudo, de tez morena e fala castelhana que desencaminha os inocentes rapazes e moças do lado bom das Américas. Não que os traficantes não sejam bandidos. Os rapazes e moças é que não são tão inocentes.
No Brasil, a questão tem seu aspecto mais patético no contraste, muito bem enfocado em Tropa de Elite, entre a alienação chique dos consumidores de droga de Ipanema e a matança nos morros. O filme escancara o óbvio: que existe relação de causa e efeito entre uma coisa e outra. Outros já o fizeram antes, mas não num meio como o cinema, e num filme tão bem-feito e de tanto sucesso. Que sobrou, como linha de defesa dos consumidores? O próprio diretor do filme, José Padilha, lhes tem oferecido – não no filme, mas em entrevistas – uma tábua de salvação: o argumento da liberação das drogas. Se as drogas pudessem ser comercializadas livremente, a violência seria eliminada. Logo, a culpa é da proibição, não dos consumidores. Não vale. Na circunstância, soa como pedido de desculpa de Padilha, por tê-los tratado tão cruamente. Os consumidores brasileiros, ao violar a lei, são tão responsáveis pela violência nos morros quanto os consumidores americanos, muito mais numerosos e ricos, pelas plantações na Bolívia (e, no limite, pela eleição de Evo Morales) e pelo refino e comercialização de cocaína na Colômbia (e, no limite, pela força das Farc). No entanto, num outro plano, independente da questão das responsabilidades pela violência, pergunta-se: haverá solução para a questão das drogas que não seja a liberação?
O filme de Padilha embute um enigma. Se o Bope, a tropa de elite da PM do Rio, é tão bom como ali é retratado, como é que o tráfico nas favelas ainda não foi eliminado? Resposta: o Bope pode até ser melhor ainda do que no filme; a questão é o inimigo que tem diante de si. O inimigo não é o traficante. Ou melhor, só é o traficante na aparência. Inimigos de verdade são duas entidades muito mais difíceis de combater: os valores sociais e as leis econômicas. Em decisivos setores da sociedade ocidental, a brasileira inclusive, há muito a droga é tão aceita quanto os bombons. É admitida em ambientes de fino trato, em que circulam os ricos, os intelectuais e os artistas, e está fortemente implantada na cultura pop, tão influente entre os jovens. Se a maior das condenações, que é a social, vacila, está garantida a formação de um forte mercado consumidor. Ora, não está ao alcance do Bope combater os valores vigentes, muito menos derrotar a lei da oferta e da procura.
Vista desse ângulo, a questão da droga fica parecendo a questão palestina. Esgotada a possibilidade de um eliminar o outro, está mais do que claro que israelenses e palestinos estão condenados a se entender. Quanto antes o fizerem, mais sofrimento e mais vidas pouparão. No caso das drogas também está igualmente claro que, esgotada a possibilidade de eliminar o inimigo, mais dia, menos dia se imporá como única e inevitável a solução de substituir o tráfico pelo comércio à luz do dia. Muito estudo, muito debate e muita reflexão indicarão o modo de fazê-lo, mas desde já um ponto é claro: as decisões terão de ser obrigatoriamente tomadas em foro e âmbito internacionais. Não há como adotar tal medida num país só, muito menos num país periférico como o Brasil, sob pena de condená-lo à condição de estado pária.
O caso é para gente grande, a começar pela maior de todas – os Estados Unidos. Além de não haver questão internacional que possa ser resolvida sem passar por lá, o mercado consumidor americano, como em quase tudo, é o maior do mundo também no item drogas. Ao Brasil, país do mundo talvez mais castigado, depois da Colômbia, pela violência e degradação trazidas pela droga, resta a tarefa de tentar cutucar o mundo. Se sua diplomacia começasse a se mexer, no sentido de sensibilizar as nações mais fortes para o problema, abraçaria uma causa de objetivos mais compreensíveis, e resultados mais palpáveis, do que uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU."
Roberto Pompeu de Toledo

21 outubro 2007

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta do passado, que o que mais queremos é sair do sonho e voltar no tempo. Sonho com aquilo que quero. Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer aquilo que quero. Tenho felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque em um belo dia se morre."

Clarice Lispector – Vida

19 outubro 2007

Escute, Zé-niguém!

"Eles o chamam de homem comum. (...)
O futuro da espécie humana dependerá dos seus pensamentos e atos. No entanto, seus mestres e senhores não lhe dizem como você realmente pensa e o que você realmente é; ninguém ousa confrontá-lo com a única verdade que poderia fazer de você o senhor inabalável do seu destino. Você é livre apenas sob um aspecto: livre da autocrítica que poderia ajudá-lo a governar a sua própria vida. (...)
Você é um 'pequeno homem' (um zé-ninguém), um homem comum. Reflita sobre o duplo sentido dos termos "pequeno" e "comum".
Não fuja! Tenha a coragem de olhar para si mesmo! (...)
Você difere do grande homem apenas sob um aspecto: o grande homem foi um zé-ninguém, mas desenvolveu uma única qualidade importante. Reconheceu a pequenez e a estreiteza dos seus atos e pensamentos. (...) Um zé-ninguém não sabe que é pequeno e tem medo de saber. Esconde sua pequenez por trás de ilusões de força e grandeza, da força e grandeza de alguma outra pessoa. Sente orgulho de seus generais, mas não de si mesmo. Admira uma idéia que não teve. Quanto menos entender alguma coisa, mais firme é sua crença nela. (...)
Você não consegue preservar as suas conquistas nas batalhas sangrentas das barricadas de Paris e Viena, na Revolução Russa e na Guerra da Secessão. Sua Paris resultou em Pétan e Laval; sua Viena, em Hitler; sua Rússia, em Stálin; e seus Estados Unidos podem acabar sob o comando da Ku Klux Klan (nota do blog: o livro foi escrito em 1946, quando os EUA ainda não conheciam Martin Luther King e estavam mergulhados em um sistema racista - se ele pudesse atualizar a edição, certamente aqui constaria Lyndon Johnson, Nixon, Ford, Regan e os Bush). Você tem mais sucesso em conquistar a liberdade do que de conservá-la para si mesmo e para os outros. Depois de lutar para conseguir sair do pântano, você acaba afundando em outro pior. Você mesmo se escraviza. Seu feitor é você mesmo. Ninguém tem culpa de sua escravidão a não ser você. Só você mesmo pode ser seu libertador."
Wilhelm Reich

17 outubro 2007

Sem medo de saber

Penelope and the Suitors - Waterhouse
(Penelope esperando o retorno de Ulisses)

"Não precisamos correr sozinhos o risco da aventura, pois os heróis de todos os tempos a enfrentaram antes de nós. O labirinto é conhecido em toda a sua extensão. Temos apenas de seguir a trilha do herói, e lá, onde temíamos encontrar algo abominável, encontramos um deus. E lá, onde esperávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde imaginávamos viajar para longe, iremos ter ao centro da nossa própria existência. E lá, onde pensávamos estar sós, estaremos na companhia do mundo todo. "
Joseph Campbell – O Poder do Mito

12 outubro 2007

Análise no Congresso

Análise no Congresso
Brilhante diálogo entre os blogs de dois grandes professores -
Leonardo Ferrari e Sérgio Menezes - debatendo sobre a rápida venda dos exemplares da Playboy de Mônica Veloso nas bancas do Congresso.
Com a palavra, os mestres:

Blog do Menezes
Um Psicanalista, por favor
"Claro que não é só curiosidade, desejo ou, nesse caso, a previsível libido masculina. Mônica não é candidata a substituir a Gisele ou a Grazi, para citar dois exemplos, no imaginário do homem brasileiro médio. E a maioria dos deputados e senadores não passa disso: brasileiros médios, até abaixo da média, em alguns casos. Mas eles têm, como qualquer outro homem, outras motivações para fazer dessa edição da Playboy um sucesso instantâneo, pelos menos nas salas e corredores onde deveriam estar sendo observados e discutidos outros assuntos. Será ? Certamente, estou enganado. O assunto aqui não é trabalho. Então, sobre o que estamos falando ?Ferrari, por favor, me ajude. Não pode ser só isso. Freud, mais uma vez vai ter que explicar.P.S.: Leonardo Ferrari é psicanalista, professor e meu colega no UnicenP, para quem lancei um desafio: fazer um post juntos nos nossos blogs. O link do blog dele está ali na minha lista. Vamos ver o que ele tem a publicar. Depois, coloco aqui o que o Ferrari vai explicar com sua habitual elegância e contundência. Ao mesmo tempo, você confere no blog dele o desfecho desse sensacional mistério psicanalítico: por que a Playboy da Mônica foi um sucesso no Senado e na Câmara ? E, principalmente, por que até a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) viu as fotos da Mônica, nua, em seu laptop no plenário do Senado ?"
.
Blog do Ferrari
O Outro Trem
"O meu amigo Sérgio Menezes, pilastra (!!!), publicitário e professor universitário, lançou um desafio em seu
blog que é o seguinte: escrevermos um texto juntos – como se ele escrevesse o primeiro capítulo e eu o segundo. Em seu blog, Sérgio escolheu a notícia quente sobre a edição da Playboy com Mônica Veloso que esgotou nas bancas do Congresso em Brasília. Pois aqui vai o capítulo dois desta idéia genial do Sérgio.Caro Sérgio e leitores, essa notícia me lembrou a cena inesquecível do filme “Memórias” (“Stardust Memories”, 1980) de Woody Allen em que ele está andando num vagão de trem numa direção e, subitamente, ele vê um vagão andando na direção contrária do dele, porém cheio de mulheres bonitas, homens alegres, música, uma festa só, enquanto que em seu vagão não acontece nada, não há nenhuma mulher com quem ele possa ficar e assim por diante. É uma representação maravilhosa da miséria neurótica de se acreditar que o outro sim conseguiu algo, o outro chegou “lá”, o outro tem algo que eu não tenho. Mônica Veloso é o nome desse gozo a mais, desse gozo extraordinário – não mais aquele ordinário do cotidiano (representado nesta história por aquela incrível esposa do senador) –, Mônica é o gozo que todos os neuróticos acreditam existir na vida do perverso. Ora, a absolvição deste senador se deve muito a isso. Quem foi absolvido? Não foi só o senador, mas sim essa idéia de que é possível chegar lá, nesse extraordinário lugar de uma completude total, custe o que custar – inclusive venha o dinheiro de onde vier. É toda a lógica fálica masculina em jogo aqui: quem tem o pau maior, quem come mais mulheres e, principalmente, quem fala disso o tempo todo nos cafés, nos gabinetes, naquelas infinitas reuniões – o sexo sem palavras depois, e antes, e durante, não tem graça.Caro Sérgio, é contigo agora. Um abraço."
.
Blog do Menezes
A Outra Miséria
"Não bastassem todas as misérias e mazelas com as quais temos que conviver, o Ferrari apontou mais uma no seu blog, dando seqüência ao nosso mote e glosa eletrônico. O mote: edição da revista Playboy da Mônica Veloso esgotou, em poucas horas, nas bancas do Congresso Nacional. A glosa: miséria neurótica. Perfeito, Ferrari – e não esperava menos desse atento observador dos desvios recônditos da alma e do inconsciente humanos que nos tornam grandes ou incrivelmente pequenos e primários.A imagem do trem no filme de Woody Allen é brilhante para demonstrar aquilo que eu não tenho e nunca terei. O senador teve. Os outros, losers, não tiveram. Azar deles. Quem parece mandar nesse mundo é quem tem, quem chega lá, como diz o Ferrari, ironicamente. O senador chegou – e por isso foi absolvido. É simples. Entenda, meu caro leitor: é uma lógica cruel e imperfeita. Naquele lugar, que me recuso a dizer o nome, para onde depositamos o nosso voto, o que conta é o gozo. Não valem as preocupações ordinárias do meu, do seu e do nosso cotidiano. Para homens como o senador absolvido e seus asseclas isso não tem graça, não tem charme, é coisa de perdedores, não é excitante – se é que vocês me entendem.Nessa sessão plenária que aconteceu nas bancas e corredores do Congresso, em que a pauta era uma revista masculina, o voto também foi secreto: os políticos mandaram assessores comprar a revista para não aparecerem.O outro trem a que se refere o Ferrari está sempre cheio. O nosso não tem graça nenhuma. Mas o trem deles tem só um vagão. O nosso tem vários.Valeu, Ferrari."
.
Blog do Ferrari
Vagões
"Meu querido amigo Sérgio Menezes me responde em seu
blog sobre essa lógica cruel e imperfeita que separa o mundo entre os poucos winners e os muitos losers. Isso me faz pensar também sobre o fascínio que o perverso exerce sobre os neuróticos – por exemplo, por que Fernando Collor de Mello teve o “sucesso” eleitoral que teve – e que continua tendo (foi eleito senador recentemente), por que Paulo Maluf continua tendo popularidade...e voto, por que Silvio Berlusconi na Itália já foi primeiro-ministro e ameaça conseguir de novo o poder, por que George W. Bush conseguiu se reeleger nos Estados Unidos, enfim, a lista é longa – nem vou citar Hitler em uma Alemanha cultíssima na época. Mas não é só na política não. E a lista desses “grandes” empresários, grandes “empreendedores”, grandes “banqueiros”, de sujeitos que passam a vida pensando em como comprar por cem e vender por duzentos (frase de Samuel Klein, fundador, “CEO” da Casas Bahia), em como emprestar cinco e receber quinhentos? A perversão é justamente esse fascínio por esse suposto “winner”, “vencedor”, que ostenta uma fachada de poder sobre a vida e sobre a morte – para o neurótico, o perverso não tem dor de barriga, o perverso não bate o carro, o perverso não perde nenhuma partida, o perverso é Deus, é o “painho”, é o mais “rico” do mundo, é o “realizador”, é o “empreendedor” do ano. Ora, Sérgio traz uma metáfora muito bonita ao dizer que enquanto o trem do perverso tem um só vagão, o trem do neurótico tem vários. Pois é. O perverso é um pobre diabo correndo sempre desesperadamente por esse a mais de gozo, esse centímetro a mais para ostentar, para mostrar, para dar a ver, sem descanso, sem parada, nesse solitário vagão de sua miséria. A miséria da perversão se chama impossibilidade – a impossibilidade de chegar nesse gozo sonhado, daí todo o patético do perverso fazendo um esforço descomunal para tentar garantir que já chegou, que já gozou. Já na neurose, de fato há como circular por vários vagões – os vagões da metonímia, inclusive deixando esse lugar de espectador do gozo perverso para tentar experimentar, nos outros vagões, o que se pode com os gozos ordinários. Fazer do ordinário uma obra e até uma obra de arte, eis o desafio da neurose. Aproveitar a viagem – mais do que esse mítico ponto final."

10 outubro 2007

09 outubro 2007

O problema de quem não tem o que fazer


Os oficiais da alfândega do aeroporto de Guarulhos não têm nada melhor para fazer, por isso resolveram implicar com a coleção de fotos de Merilyn Moroe que vão compor uma exposição no Museu de Arte Moderna do Rio. Como grandes críticos de arte que são, questionam a definição do material como "obra de arte".

07 outubro 2007

Condição Humana

A Condição Humana - René Magritte, em 1933.

"Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
Alberto Caeiro - Filosofia da Janela Fechada

05 outubro 2007

Incômoda arte


Daniel Edwards é o escultor nova-iorquino que reproduziu Hillary Clinton de Topless, Britney Spears nua, de quatro, dando à luz e Paris Hilton em uma mesa de autópsia, de pernas abertas, ainda com um celular e uma taça nas mãos.
Sua mais nova escultura -
"Iraq War Memorial: Death of Prince Harry" - retrata o velório do Príncipe Harry. A obra foi idealizada quando Harry declarou sua vontade de ir ao Iraque, servir junto ao exército inglês.
Para responder as críticas, Edwards declarou que fez
"uma estátua em honra de quem, como o príncipe, queria, mas não conseguiu, servir a pátria no Iraque. É dedicada às pessoas corajosas que foram estimuladas a tomar o lugar do príncipe Harry".

04 outubro 2007

Quantas vezes um homem pode virar a cabeça, fingindo que não vê?

"How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly

Before they're forever banned?

The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.


How many times must a man look up

Before he can see the sky?

Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?


The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many years can a mountain exist

Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?

Yes, 'n' how many times can a man turn his head,
Pretending he just doesn't see?

The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind."

Bob Dylan

O pensamento é um momento

"Os pensamentos são livres! Quem pode adivinhá-los? Eles passam voando como sombras da noite. Ninguém pode sabê-los, Ninguém pode atingí-los, Não há como mudar: Os pensamentos são livres! Eu penso o que eu quero e tudo o que me agrada. Mas tudo em silêncio, sem chamar a atenção. Meu desejo e meu anseio ninguém pode impedir. Não há como mudar. Os pensamentos são livres! Por isto para sempre deixarei de lado preocupações, deixarei de lado para sempre os meus temores; pois no coração sempre será possível rir e ser alegre. E ao mesmo tempo pensar: Os pensamentos são livres."
Karl Marx

03 outubro 2007

Paz


There´s no honorable way to kill, no gentle way to destroy. There is nothing good in war. Except its ending.

Abraham Lincoln

02 outubro 2007

Satyagraha

Hoje o é Dia Internacional da Não-violência.

Satyagraha ou caminho para a verdade é o princípio básico utilizado por Gandhi no conceito não-agressão - uma forma não violenta de protesto ou revolução. Hoje esse princípio inspira ativismos sociais/democráticos e anti-racísmo, voltados para trazer paz e a igualdade.


"Fighting for peace is like fucking for virginity. "

A frase não é de Gandhi, mas é perfeita para o dia de hoje.