Será isso surreal?
Waking Life, filme de Richard Linklater
Caso não esteja muito disposto a acordar e viver, assista esse filme que já é alguma coisa.
Waking Life, filme de Richard Linklater
Caso não esteja muito disposto a acordar e viver, assista esse filme que já é alguma coisa.
Salve seu Planeta
É fácil de perceber que algo está muito errado com a simples observação da nossa própria vida aqui no sul do Brasil. Temos um verão
É bom ver como estão as Cataratas do Iguaçú. Árvores e flores estão desreguladas, derrubando suas folhas ou florescendo em épocas totalmente diferentes.
Ok, mas vamos aos dados que eu encontrei.
A BBC fez uma reportagem onde destaca os principais problemas do planeta. São sete. Comida, água, mudança climática, energia, biodiversidade, poluição e a superlotação da Terra. Todos esses problemas estão integrados e algum deles deve explodir logo. Todos eles foram causados pela influência do ser humano no planeta.
Bom, mas isso não é nenhuma novidade. A preocupação vem de que a situação atual é muito mais grave do que eu pensava.
Não existe só um problema com o clima. Existe um enorme problema (pra não dizer puta problema) com o clima. É a maior ameaça. A BBC destacou o aquecimento global como o maior desafio da humanidade. As tempestades, secas e inundações freqüentes são seu reflexo e já começaram a demonstrar sua gravidade. 20 dos 21 anos mais quentes da história da humanidade aconteceram nos últimos 25 anos, sendo que os cinco mais quentes foram 2005, 2004, 2003, 2002 e 1998. 2006 está bem na disputa e pode bater o recorde de 2005.
Pessoas estão morrendo de calor na Europa e na América do Norte no verão deles que está chegando a temperaturas de 50ºC. Não é brincadeira, é cinqüenta graus mesmo. Seguem algumas reportagens recentes: "Califórnia já registra 123 mortos por causa da onda de calor."; “Ondas de calor provocam mais de 150 mortes na Europa".
Al Gore, o ex-candidato a presidente dos EUA, fez um documentário sobre o problema. Destaca como ficará o mundo se continuarem o derretimento das calotas polares na velocidade que está. (Ver: An Inconvenient Truth)
Não existe só um problema de alimentação. O planeta não consegue produzir e distribuir comida suficiente. Cerca de 30000 (trinta mil) crianças morrem por dia (POR DIA), de fome ou desnutrição. É mais do que
Não existe só um problema com água. Em 2025, dois terços da população do planeta vai viver em áreas que sofrerão falta constante de água. Hoje, 2006, nós que vivemos em cima da Bacia Platina (como dito antes a segunda maior do mundo), vamos racionar água. Racionar é uma alegria, porque temos água para dividir, mas já existem várias regiões do globo que não têm capacidade hídrica para se sustentar e, daqui a 20 anos, 2/3 do território do mundo vai estar nessa condição. Ou seja, guerra por água na certa.
Um site faz a análise de que é impossível manter a forma de vida da população média do mundo. Veja quantos planetas precisariam para manter o seu modo de vida. (Ver: http://ecofoot.org/)
Problema de energia: A produção de petróleo chegará ao seu ápice em 2010 e, automaticamente, começará a diminuir. A necessidade de novas formas de produção de energia é imediata. A adaptação será problemática, mas o petróleo, além de estar com os dias contados, polui demais, o que nos leva para outro ponto de pressão.
Poluição. A cada dia a vida nas grandes cidades fica mais complicada. Problemas respiratórios são causas de várias doenças e mortes. Todos os bebês recém nascidos já chegam ao mundo com substâncias nocivas em seu organismo. Um quarto da população mundial fica exposta, diariamente, a uma quantidade de poluição que não poderia ser respirada.
Biodiversidade afetada. O planeta entra na sua sexta era de extinção. Mas essa é causada, exclusivamente, por influência dos homens. Milhões de espécies estão ameaçadas e milhares somem a cada ano. Isso causa um desequilíbrio na natureza que desestabiliza o eco-sistema e funciona como uma bola de neve (quanto mais espécies extintas, mais desequilíbrio ambiental).
Superpopulação. Integra todos os outros pontos. Responsabiliza todos os homens pela situação do planeta.
Todos nós devemos admitir isso. Somos os responsáveis e temos a obrigação (ou necessidade) de fazer algo para mudar (é questão de vida ou morte). Para concluir, faço minhas as palavras de divulgação do Congresso Planetário: “(...) é o crescimento da população humana que está na raiz de todos os problemas do planeta hoje. E é a falta de vontade de encarar que só o ser humano é o culpado, que perpetua os problemas que crescem exponencialmente conforme o tempo passa. Negação e irresponsabilidade são tão avassaladoras que é moralmente repugnante considerar que estas estatísticas sejam famosas e que, contudo, nenhum líder mundial comece a pensar nesses assuntos como a única ordem real do dia, importante não só para a Humanidade, mas para o planeta inteiro. A guerra é verdadeiramente irrelevante frente a esses problemas. Mas parece que os seres humanos preferem fazer guerra a encarar a realidade. Os seres humanos nem mesmo vão encarar, aceitar ou entender que constituem um componente em um sistema maior chamado biosfera”.
obs.: vale reponder a pesquisa e analisar os resultados.
http://globalnin.com/branchedSurvey/?surveyid=24&languageid=10
IBOPE divulgou uma pesquisa que revela que 80% dos brasileiros não estão dispostos a conviver com uma maior degradação ambiental em prol do desenvolvimento econômico.
E mais: “A população brasileira vê a questão ambiental como um ativo para o desenvolvimento econômico e não como um obstáculo. De todos os fatores listados como possíveis entraves ao desenvolvimento, a questão ambiental aparece em último lugar com apenas 7%”, disse Scaramuzza à Revista do Terceiro Setor. A corrupção ficou em primeiro lugar com 62% das respostas, seguida pela carga tributária, com 44%, e burocracia, 22%."
Fonte: site Ambiente BrasilAh, imagine se essa moda pega na Igreja?
Revolution (evolution?), baby!!!
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Pedro Block