14 outubro 2010

A verdadeira Tropa de Elite


No último fim de semana estreiou nas telonas nacionais o filme Tropa de Elite 2. Pela divulgação feita, imagino não ser esta uma notícia nova. E, como a notícia, aqueles que encararem a Tropa, virão que o filme não tráz nenhum assunto novo - mas mesmo assim, inevitalvelmente, ficarão perplexos.

Perplexidade. Termo exato para traduzir o sentimento causado pelo EXTRAORDINÁRIO (e talvez o melhor) filme nacional já realizado.

A maioria dos que viram o primeiro filme esperava o 'mais do mesmo', que certamente seria bem vindo pelo público geral. Meu conselho: não contem com isso! A ação explícita do Tropa 1 internaliza-se, produzindo um caos recolhido, interior, e para mim sem precedentes.

Papai Noel não existe. Coelho da Páscoa também não. Nem a Fada dos Dentes, Duendes ou Unicórnios. Esqueça! É basicamente o que o filme fala, para essas crianças que somos nós. E choca! Deixa-nos órfãos, impotentes. Mas nos dá a dica: o segredo, parceiro, é o voto!


Tudo gira em torno do poder político. Os interesses dos governantes, como tentáculos, abraçam os meios de comunicação, o conteúdo passado em sala de aula, as decisões do judiciário, a nossa segurança, as leis que são criadas... tudo! Estamos a mercê do monstro, e a ossa única arma contra ele é o voto.

Assistam Tropa de Elite 2. Apenas assistam. Não pela perfeição técnica com que a obra foi produzida, nem pelas atuações brilhantes dos atores, ou tampouco pelo roteiro dinâmico e impressionante. Vá ao cinema pela cidadania, por patriotismo. Esse filme, brasileiro como nós, mostra a nossa realidade que não queremos ver. Então vá, não peça prá sair. Essa pica agora é sua, parceiro! Mas vá de cabeça aberta, para que toda essa raiva, essa indignação contida, extravase e acabe contaminando os seus pares. E, junto, todo o nosso desapontamento exploda nas urnas, mudando o destino desse nosso país.




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