15 setembro 2007

O grande erro

O Triunfo da Morte, de Brueghel


Por que o homem teima em pensar ser Deus?
Apesar de ser claro que somos fruto de uma mera eventualidade genética, o ser humano mantém o seu desejo pela divindade. Pretende demonstrar sua força em decidir criar ou destruir, tudo para certificar-se de seus poderes divinos.
Mas será que um Deus, do alto de sua onipotência, se preocuparia em comprovar ser divinal?
Deuses não precisam ter dúvidas sobre seus poderes, por isso não têm que comprová-los. A entidade mais próxima de uma definição divina que pode ser facilmente percebida é a Natureza – nesse conceito, inclui-se não só a planta do seu jardim, ou as grandes florestas com seus animais, mas toda a energia que une o Universo, a energia da vida.
Ao contrario do homem, essa força sempre encontra uma maneira através de seus erros.
Enquanto os homens erram, erram e continuam a errar, mesmo com seus estudos cientificamente comprovados, aprovados e comercializados, a Natureza ou erra ou acerta. Usa esse método simples e evolui sempre que erra.
Dessa Deusa, o ser humano é uma ínfima parte integrante. Por nossas atitudes, estamos comprovando que não passamos de mais um erro natural.
A questão é: o que a Natureza deve fazer com esse seu erro que pensa ser Deus?

2 comentários:

Anônimo disse...

A Natureza é sábia, ela certamente vai corrigir o erro; a questão é, será que este erro pode ser apenas reparado? Ou terá que ser excluído?
Ótimo texto. Parabéns.

Nasser de Melo disse...

Será deletado, como qualquer erro.
Resta saber qual a urgência disso.